terça-feira, 7 de abril de 2009

Amigo é amigo, filha da puta...

Amigo é amigo, filho da puta é filho da puta.

Sim, eu sei. Se somos amigos de alguém, devemos estar com ele, ou ela, para tudo, para o bom e o ruim, para o doce e o amargo da vida, para o ódio e o amor, para a paz e para a luta, para a roda de bar ou o filminho chato, para a cerveja gelada ou o leite quente.
Problema a gente resolve no melhor estilo 'AVON: a gente conversa, a gente se entende'.

Se o amor é verdadeiro, se o sentimento é forte, se sentimos que aquela pessoa vale a pena em nossa vida, as diferenças, os arranhões, os desamores e as mágoas ficam menores, mais fáceis de tratar. O diálogo sincero, transparente e respeitoso desata qualquer nó.

É assim que vejo a verdadeira amizade. É assim que tento, ao máximo possível, me relacionar com aqueles que acredito serem meus amigos mais íntimos. Aquelas e aqueles que me causam tanta alegria em amá-los que só de remontar suas imagens em minha mente logo me encho de esperanças com esse mundo calorento e injusto.

Mas nem sempre as coisas são assim tão belas. Teoria é teoria, prática é uma porcaria.

Temos, alguns amigos meus e eu, um grande amigo em comum. O cara faz parte da família de amigos, é brother. Amamos, admiramos, respeitamos, queremos e torcemos pelo seu bem. Gostamos da sua presença.

Acontece que ele parece esquecer de nós quando arruma um amor.
Tá, aí você pode pensar "mas gente, ele tem direito de arrumar alguém, não vai ficar grudado nos amigos até a morte, todos nós precisamos amar, transar, namorar, casar, formar uma família, seja razoável!"

Eu disse o contrário? Não, não mesmo. Eu sei disso tudo, eu também quero/penso/faço isso.
Mas, daí, esquecer os amigos, se ausentar assim a deixar um vão, um burado? Deixar até saudade de ver o cara, bater um papo, rir junto, trocar aquela idéia costumeira?
Isso soa como desapego, falta de afeto, abandono, pra ser mais trágico e fatalista.

Uma vez, a gente conversa, resolve, duas, três, cinco, dez. Tudo bem. Mas TODAS as vezes? Ah neeem, que bosta viu! Dá vontade de mandar ir plantar batata, pra não dizer coisa pior.

Vamos ver.
Snif, magoei.
E viva os amigos, todos, menos ele. Por enquanto.

Um comentário:

Aninha disse...

opa! agora que finalmente encontrei alguém que perdeu o verniz despudoradamente, vou me dar o direito da liberdade de expressão.
Todos os seres humanos nascem com a obrigação única de serem felizes. Isso é fato, todos nós perseguimos isso durante nossa vida. Agora, qual caminho trilhamos pra tão sonhadaa felicidade é o que nos traduz, o que nos define.
Existem pessoas e pessoas. E existem amigos pontuais. Aqueles que funcionam somente para uma dada situação ou período da vida.
Há aqueles que se perdem por amores, há aqueles que se perdem por falta de amor próprio.
Assim como num relacionamento a dois, quando um amadurece e o outro não, a relação chega ao fim. O mesmo acontece com as amizades.
-Sim, éramos amigos...até que fulano mudou sua forma de pensar e agir... nos distanciamos, pois nossos corações passaram a não compartilhar os mesmos sentimentos e nossos cérebros já não decodificavam nossos pensamentos...

Sabe, cabe ao ser humano aceitar o fim das relações.
Falta dizermos quando no fim da linha: It was fun, but it is over. But although it is over, I have enjoyed the ride.

beijos! e adorei o post!