domingo, 17 de maio de 2009

Diário do ex-fumante - 5°, 6° e 7° dias

Estava muito atarefado para postar antes.
Mas sigo em minha obstinada luta contra a porra do tabaco.

Sexta-feira: Durante a manhã não senti vontade de fumar. O pigarro matinal quase acabou. Senti vontade depois de almoçar, quando fiquei ligeiramente ansioso; no geral meu estado de humor melhorou em relação aos outros dias. A sensibilidade e irritação bem mais controladas.
Depois da faculdade, fui para o Bar do Preto com o pessoal da faculdade. Aí que eu briguei com o cigarro mesmo. Após ter deixado o trago, essa foi a primeira vez que fui a um bar: cerveja é a maior anfitriã para o cigarro. Ciente disso, quando cheguei ao bar pedi um refrigerante. Tomei minha inocente bebida até o fim, tanquilamente.
Mas não aguentei por mais tempo. Peguei um copo e me servi de cerveja. Que maravilha! Gelada, desceu por minha garganta fazendo a carícia que só ela sabe fazer. Então, me deu um vontade louca, muito louca, dentro de mim, de fumar. Imediatamente minha mente projetou a figura:
Segurei a onda, driblei o goleiro, e matei o leão. Não fumei.
Senti, ao chegar em casa e me deitar, uma sensação de que havia ganho uma pequenina luta, mas que me parecia tão grade. Um brinde a mim.

Sábado: Dormi o dia todo. A vontade de fumar me acometeu mais fortemente que na sexta. Não sei a razão. Presumo que tenha sido o ócio. Durante o tempo em que fiquei acordado, conversei bastante com os convivas da casa.
Também ajudei a Taciara a fazer o blog dela: http://taciarabonifacio.blogspot.com/, o que tomou boa parte de minha noite. Depois de muita risada e dicussão, o blog dela ficou com essa cara:Fui ver filme até de madrugada e adormeci com a vontade salivante de sentir o trago me preencher.

Domingo: Trabalhei pela manhã e tarde. Os sintomas mais sôfregos não me incomodaram substancialmente, o que me deixou mais tranquilo. A vontade de fumar ainda é bastante forte após as refeições, o velho hábito puxado meu pé.
Fui ao supermercado comprar sorvete com o João Neto, depois terminei um trabalho para a faculdade e encerro minhas atividades com este post.

Mais 24 horas!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Diário do ex-fumante - 4° dia

É... Realmente não está fácil.
Hoje também acordei com o humor um tanto melhorado. Estranho. Mas como ontem também acordei melhor disposto, creio que acordar melhor pela manhã pode ser considerado um ponto positivo.

O pigarro, que ontem já apresentava a tal redução, hoje quase desapareceu, mas ainda está presente. Obviamente a redução do pigarro é outro ponto positivo.

A irritação diminuiu um pouco, o suficiente para notar que ela diminuiu. O que também aconteceu com o mau-humor ao longo do dia. Mas ainda incomodam.

O que não ficou menor nem parece querer ir embora é a sensibilidade. Agora elá é o pior de tudo. Está insuportável. Os olhares e minha direção já interpreto como proibitivos ou rancorosos, estou mais propenso às lágrimas, o que me enoja e irrita, na medida em que fazem eu me enxergar como tremendamente patético. Os problemas tomam uma forma muito maior do que a real, e quando isso acontece a vontade de acender um bom cigarro aperta.

A sensação de que somente fumando conseguirei me concentrar nos estudos, despertar do sono, ter mais energia para fazer algo, ou controlar meu estado emocional, ainda está muito presente.

Para esta quinta-feira tenho uma novidade funesta, aliás, duas: dor de cabeça e azia. Esta deu seus primeiros sinais ontem a noite, logo depois que cheguei da faculdade. Já a dor de cabeça começou mais ou menos no horário em que normalmente fumaria o primeiro cigarro do dia, e ainda está aqui, doendo, doendo e doendo. Um inferno.

O ímpeto de pegar um cigarro me toma imediatamente após cada refeição, hábito que logo se fixou assim que comecei a fumar cotidianamente, ou seja, há três anos atrás.

Outro momento em que tenho maiores vontades ao trago é quando sento-me para editar ou escrever um texto. Nessas horas tenho a sensação de que fumar me relaxará e abrirá minha mente para fazer um bom trabalho. Acompanham essa vontade algumas indagações que querem justificar conscientemente meu vício: "para que parei de fumar?" "preciso mesmo passar por isso só para ter mais qualidade de vida?" "onde eu quero chegar com isso?" "vale a pena?".

Quando isso acontece fico realmente ansioso, mas geralmente essa angústia chega ao fim em cinco ou dez minutos.

A vontade de desistir ainda me comove, mas persistir me parece racionamente mais interessante.

O que acho mais incrível nisso tudo é o fato de um rolinho de fumo + porcarias venenosas adicionadas, consegue ser mais forte que um ser humano racional de 1,76 metro de altura.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Diário do ex-fumante - 3° dia

A idéia é essa, ir postando algo como um diário de um ex-fumante. Pelo menos enquanto essa fase mais trash não passa, escrever sobre ela pode servir como uma boa terapia, apesar de ainda não ter aparecido nenhum efeito que minimize o que estou sentindo com a interrupção abrupta de meu ex-vício.
Comer demais não está ajudando, comer chocolate também não. Escrever também não, mas esta me parece ser a alternativa mais sensata para controlar meus impulsos recorrentes de acender um cigarro e também pode servir para trabalhar melhor a ansiedade, o mau-humor, a sensibilidade, a irritação e a sonolência. Além do mais, escrever sempre me foi mais útil que qualquer outra coisa.
Enfim, vamos ao relato do terceiro dia sem cigarro.
Hoje acordei mais cedo que o habitual, para estudar antes de trabalhar. Notei que acordei em um estado de humor mais razoável, como há muito não acontecia. Seria esse um primeiro sinal vantajoso? Ainda especulo.
Outra coisa relevante é o pigarro. Não, ele não acabou, mas sempre foi mais acentuado pela manhã. E hoje, estava em menor quantidade. Notável redução. Segunda vantagem? É, concretamente falando, pode ser.
Agora falemos sobre as coisas ruins: os sintomas de ontem continuam hoje: mau-humor, sonolência, sensibilidade e irritação.
Tudo está tão irritante para mim, que estou implicando até com a cara de quem se senta ao meu lado no ônibus... um horror. As roupas das pessoas estão me parecendo tão feias, bregas. As vozes, estridentes e insanas. Acho que isso é o pior de tudo. Ou seria também recorrente a vontade de chorar e desistir da briga?
"Força!" Eu penso. "Não fuma véio, não fuma." Eu penso. "Se concentra nas vantagens de não fumar." Eu penso.
Estou pensando...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Tô lascado!

Parei de fumar.
Tô lascado!
Foi ontem o primeiro dia, portanto, e obviamente, hoje é o segundo.
Domingo foi o último dia que fumei. Na segunda não fumava mais.
O primeiro cigarro, da manhã, passou e eu aguentei. O segundo, o terceiro, o quarto.
Pode ser conhecidência, mas, ao sair do trabalho, estava tão indisposto que não fui para a faculdade. Só a imaginação de ter que ir estudar e depois voltar para casa tarde da noite, me deixou ainda mais prostrado. Fui para casa, dormi, acordei, futriquei na internet, e dormi novamente.
Hoje, os sinais mais fortes da abstinência parecem ter chegado. Digo isso pois já parei de fumar outras três vezes, e como se pode notar, não fui forte o bastante em nenhuma das tentativas anteriores.
A saber, hoje estou também muito sonolento, mas além disso, surgiram os outros sintomas que tanto temia, por conhecê-los de longa data: irritabilidade profunda, sensibilidade, um tanto de ansiedade - se bem que ela não está me incomodando tanto quanto as outras duas -, e um pouco de mau-humor, que este sim, está me incomodando muito.

Eu não sei se vou parar definitivamente de fumar. É claro que a intenção é que sim.
Não é fácil, não é nem um pouco legal, mas estou tentanto.
Fico pensando, principalmente quando surge a vontade mais forte de fumar, na razão de ter decidido parar, e também no por quê de ter começado com essa porra.

Para finalizar, estou neste momento me entupindo de chocolate, uma fuga temporária, que até agora só está servindo para dissolver meu dinheiro, pois por enquanto, não está ajudando em nada.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

51!

Olá!
Bem-vinda(o) a postagem de número 51 deste blog já tão querido de toda a população alfabetizada e internauta do país.
Se colocasse aqui a logomarca da cachaça Pirassununga, ficaria muito clichê
Um número tão sugestivo pede assuntos alcolizados: falemos então do fim de semana, que muitos erroneamente chamam de final de semana, argh!
Pois bem, na sexta-feira, o feriado, fomos tomar sorvete, Marília, Taciara, João Neto e eu. Na sorveteria, como sempre, conversamos e rimos aos baldes. Indo embora, tivemos a idéia de esticar o nosso programinha classe média; sugeri irmos para um bar. Elegido: Fa.ve.la. Chic.
Chegamos e pedimos Antarctica Original. A cerveja estava devidamente gelada e logo percebemos que haviamos perdido um tempão tomando sorvete! João Neto não bebe, tomou suco de frutas amarelas, pêssego e manga, cada uma à sua vez.
Conversamos bastante ao som oitentista que tocava no bar aquela noite. Deu até para curtir Personal Jesus com Depeche Mode, Guns'n Roses e Ultraje a Rigor.
O bar fecha sempre a meia-noite, então nessa hora fomos dormir.

O sábado: trabalhei. Cheguei em casa e arrumei umas coisas.
Às sete da noite a Suindara passou em casa e fomos ao casamento de uma amiga da faculdade: Jordana Melo, que trabalha na revista de agronegócios Produz. O casamento atrasou, mas ela estava linda. O sermão foi enooorme, mas foi bonito. O noivo? Apenas 19 aninhos.
Após a celebração em uma igreja protestante, fomos ao jantar. Comidinha boa, pessoal da faculdade reunido, todo mundo em trajes bem melhores do que normalmente vemos uns aos outros. Achei meio estranho, mas todo mundo estava bem vestido, inclusive eu.
Nos despedimos da noiva, Suindara e eu, e fomos ao Hangar, um bar do qual nunca tinha oucido falar antes, para encontrar os amigos Marília, Taciara, Caio e seu tumor Beto. Mais conversa, mais risadas, discussões sobre a origem do homem americano, modos de vida, índios, europeus, genética e outros assuntos provenientes do Caio(...), até que ele e o tumor, digo, o Beto, foram embora, como sempre fazem. Justa da vez: Beto presta concurso público no dia seguinte.
Abandonadas, as meninas e eu (que não sou menina), decidimos dar um jeito na vida: fomos tomar no Kuka. Vinho pra todo mundo, e pinga pra Suindara.
Conversamos ainda mais, rimos ainda mais, e eu encontrei por lá uma antiga colega que abandonou o curso de Jornalismo já faz tempo: Érica e sua amiga e ex-namorada Renata. Foi bom tê-la visto, saber que está bem, seguindo sua vida como Deus quer e o capeta não atropela.

E nisso tudo o Gabriel viajando, porra!

Domingo de ressaca coletiva aqui em casa. Cama o dia todo, terminamos com sanduíche.

Notas relevantes: Tiago Saraiva despencou de Uberlândia até aqui. Matamos a saudade.
Gabriel Torralbo despencou daqui para os confins do interior ver seu primo. Estamos com saudade, porra!