terça-feira, 28 de julho de 2009

Às pipas com a vida

Agora em julho, principalmente durante a tarde, é fascinante olhar para o céu.
Minha atenção fica dividida entre o azul, as nuvens e seus desenhos, os pássaros, os aviões e as pipas. Muitas pipas, de todas as cores.
Em todas as cidades que estive, me deparei com os meninos pelas ruas, segurando uma lata de óleo de cozinha vazia, toda envolvida no nylon que faz a engenhoca subir tão alto.
Gostaria de estar nessas idades novamente.
Não ter que decidir entre Goiânia, São Paulo ou Santa Catarina. Entre uma nova graduação, o mestrado ou a redação.
Não ter que assumir tantas responsabilidades, não sentir o peso da saudade, não ter que pedir perdão, não ter que saber das limitações do ser humano, ou mesmo de suas fascinações, que às vezes me soam tão belas, e logo já me irritam.
Não ter que amar, e passar pelas situações decorrentes disso.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Das alegrias desses dias

Quinta: Cine Ouro com Taciara e Gabriel, ver duas bandas tocando. Uma foi Pato com Laranja, a outra realmente não me lembro do nome. Cerveja gelada, conversas, encontro com bons conhecidos. De lá, fomos ao Don Guina Pub. Mais cerveja gelada, mais conversas, encontro com Don Guina!

Sexta: Casa da Nathalya, eu e ela fomos direto para o Don Guina Pub. Após escolhermos a mesa e batermos um rápido papo com o Don Guina, nos sentamos. Depois de duas garrafas de cerveja, Gabriel chegou. Mais tarde, o Thiago. Fui pra casa, e doei um colchão no chão pro Thiago.

Sádabo: Acordei de ressaca, fui pra casa da Nathalya, de lá pra casa da Raquel, almoçar. Foi uma reunião gostosa, pessoas queridas, cerveja gelada, anfitriã sem igual, papo maravilhoso, encontro com amigos que há tempos não via. Tudo perfeito. Matar a saudade da Raquel foi ótimo. É uma professora, um ser humano maravilhoso, de alma simples, forte e bela.
Saímos de lá e fomos pro ensaio dos meninos da Nathalya. Terminado o trabalho, fomos todos beber chopp. O papo tava bom, mas logo fomos embora. Muito bom passar o dia com a Nathalya.
Em casa, bati um AVON (Avon, a gente conversa, a gente se entende!) com todo mundo. Tomei um bom banho e fui ao Metrópolis com Gabriel, Taciara, Marília e Brunão. Lá encontrei também pessoas queridas e cerveja gelada. Assistir a performance alucinada, irreverente e arrogante do João Lucas foi bom. E o som da banda sempre me agrada. Matei a saudade. Depois do show, dançamos Tim Maia, ótima forma de encerrar a noite!

Domingo: Após uma tarde abafada e monótona, de desânimo e calor, fui com a Taciara pra uma esquina próxima de casa, pra conversarmos ao ar livre, e com mais privacidade. E como conversamos! Todas as pautas possíveis foram incluídas. Englobamos tudo, as coisas mais corriqueiras e as mais importantes e sufocantes. Rimos de quase todas, já que rir é um velho hábito nosso. Entramos em vários entendimentos: discutimos nossos amigos em comum, falamos de mim, dela, e de nós dois, de uma maneira muito sincera e saudável, tranparente, aberta. Chegamos em casa com uma sensação de limpeza, de confiança e amor reforçados.

Numa relax, numa tranquila, numa boa.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Eu e meu antebraço

Acordei com a campanhia tocando, às 08:20 da manhã. Atendi. Era a Rejane, veio fazer faxina. Depois de recebê-la, voltei pra cama.
Me acomodei confortavelmente, fechei os olhos, ensaiei dormir.
Sucesso funesto.
Acomodei-me novamente, esperando ter então uma súbita e preguiçosa vontade de dormir.
Nada.

Estava deitado de lado, quase como os fetos humanos ficam pouco antes do parto. Meu antebraço direito, e a respectiva mão, estavam próximos a minha face e, junto com a cabeça, eram as únicas partes de minha magra anatomia que o cobertor não envolvia.
Abri os olhos. Notei meu antebraço lá, defronte a mim, pacífico, me olhando com certa ternura. A mão, meio fechada, involuntariamente, também me observava.
Mas foi a ele que dei mais atenção, sem premeditar. Encarei-o por mais tempo.
Olhando para meu antebraço um turbilhão de pensamentos emergirão.

O mais recente: a noite de ontem, ao lado dos amigos Taciara e Gabriel, foi agradabilíssima. Suas presenças em minha vida me proporcionam um bem-estar interminável. Assim como alguns outros queridos amigos também o fazem.
Pensei nos dois, no que conversamos ontem, no amor que os tenho, em como somos tão parecidos em algumas coisas e tão diferentes em outras, e em como tudo isso deixa tudo mais especial, único.

Pensei em como gosto de Suindara. De sua mãe e irmã, sempre tão educadas, inteligentes, engraçadas e acolhedoras. Pensei nos gatos de seu apartamento, no tempo em que a conheço e em algumas coisas que ela me ensinou e vice-versa. Lembrei-me do CD que tenho que devolver, antes que ela me mate!

Pensei na Nathalya e em como nos damos tão bem. Uma outra surpresa da vida, que além de tê-la já como amiga, é também ótima parceira de trabalho, com quem tenho sempre tanto prazer em labutar, conversar, ouvir, teorizar, discutir e beber cerveja.

Um certo arrependimento por ter fumado ontem, visto que parei de fumar a 2 meses e 13 dias, e sei que fumar de vez em quando atiça em mim a vontade de retomar o vício, que tão penosamente deixei. Pensei em como sou fraco.

Pensei em como quero acreditar no que o rapaz ruivo quer dizer por meio da letra de "Bom Par", dos cariocas da Moptop.

Pensei em algumas ideias de textos e reportagens que sempre retomo em mente e sempre esqueço de anotar.

Levantei, liguei o computador, li meus e-mails, deu uma fuçada no orkut e postei.

O dia será agradável. Céu limpo e sol brilhando. As crianças, em sua maioria meninos, de férias da escola, estão soltanto pipa lá fora já desde o começo da manhã.