quinta-feira, 14 de maio de 2009

Diário do ex-fumante - 4° dia

É... Realmente não está fácil.
Hoje também acordei com o humor um tanto melhorado. Estranho. Mas como ontem também acordei melhor disposto, creio que acordar melhor pela manhã pode ser considerado um ponto positivo.

O pigarro, que ontem já apresentava a tal redução, hoje quase desapareceu, mas ainda está presente. Obviamente a redução do pigarro é outro ponto positivo.

A irritação diminuiu um pouco, o suficiente para notar que ela diminuiu. O que também aconteceu com o mau-humor ao longo do dia. Mas ainda incomodam.

O que não ficou menor nem parece querer ir embora é a sensibilidade. Agora elá é o pior de tudo. Está insuportável. Os olhares e minha direção já interpreto como proibitivos ou rancorosos, estou mais propenso às lágrimas, o que me enoja e irrita, na medida em que fazem eu me enxergar como tremendamente patético. Os problemas tomam uma forma muito maior do que a real, e quando isso acontece a vontade de acender um bom cigarro aperta.

A sensação de que somente fumando conseguirei me concentrar nos estudos, despertar do sono, ter mais energia para fazer algo, ou controlar meu estado emocional, ainda está muito presente.

Para esta quinta-feira tenho uma novidade funesta, aliás, duas: dor de cabeça e azia. Esta deu seus primeiros sinais ontem a noite, logo depois que cheguei da faculdade. Já a dor de cabeça começou mais ou menos no horário em que normalmente fumaria o primeiro cigarro do dia, e ainda está aqui, doendo, doendo e doendo. Um inferno.

O ímpeto de pegar um cigarro me toma imediatamente após cada refeição, hábito que logo se fixou assim que comecei a fumar cotidianamente, ou seja, há três anos atrás.

Outro momento em que tenho maiores vontades ao trago é quando sento-me para editar ou escrever um texto. Nessas horas tenho a sensação de que fumar me relaxará e abrirá minha mente para fazer um bom trabalho. Acompanham essa vontade algumas indagações que querem justificar conscientemente meu vício: "para que parei de fumar?" "preciso mesmo passar por isso só para ter mais qualidade de vida?" "onde eu quero chegar com isso?" "vale a pena?".

Quando isso acontece fico realmente ansioso, mas geralmente essa angústia chega ao fim em cinco ou dez minutos.

A vontade de desistir ainda me comove, mas persistir me parece racionamente mais interessante.

O que acho mais incrível nisso tudo é o fato de um rolinho de fumo + porcarias venenosas adicionadas, consegue ser mais forte que um ser humano racional de 1,76 metro de altura.

4 comentários:

Lady Sepulcro disse...

mais ainda vamos na marcha da maconha no ano que vem?

Thiago Augusto" disse...

HUEHEUHEUHEUEHUHEUHE
Áh MarceLLus ;D fico tão feliz em ler isso! :D

Frederico disse...

Grandis Marcellus...

Pare de fumar, leia a bíblia, faça exercícios físicos, compre uma bandeira nacional, case-se com uma boa esposa, seja reacionário, venha para lado negro da força!!!!!

Aninha disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkk
marcha da maconha foi foda!
kkkkkkkkkkkkkkkkk