sábado, 3 de novembro de 2007

Ai, que calor!

O calor é grande. Grande e chato. Chato e quente. Quente e demorado.
Suo a testa, as maças do rosto, o peito, as costas. Dá preguiça, impaciência.

Não há vontade para nada.

Não acaba nunca esse calor. Todo dia faz calor, todo dia é dia.

O saco enche, a temperatura sobe, o Sol queima aqui em baixo e eu fico chateado de estar aqui.


Não odeio o Sol, o dia, a alegria. Não gosto é de muito calor, tanto calor, sempre calor.


E a vida segue, comigo suando, todos suando. Usamos desodorante. Mas não trabalhamos em um latifúndio, cortando a cana, colhendo os frutos da lavoura alheia.

Perto dos trabalhadores que fazem isso, meu suor é piada, e esse calor, tanto calor, sempre calor, é a temperatura do trabalho desses homens e mulheres, que nem têm tempo e disposição para se ocuparem em se irritar com o Sol, com esse calor, tanto calor, sempre calor.


Poderia fazer sempre 20°C para os trabalhadores e toda a gente honesta do Brasil, e 52°C para os políticos sujos e mal lavados, mas só para os sujos e mal lavados. Não pequemos pela generalização.


Ai, que calor!

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