terça-feira, 6 de novembro de 2007

O amor! Ah!, o amor, que palhaçada.


Finalmente o sentimento mais comum, ridículo, misterioso e estranho do ser humano se apodera de uma pequena parte de meus confusos pensamentos. Apenas uma pequena parte, estou me esforçando para que se mantenha assim.

Estou apaixonado. Desgraça. Sem correspondência, o que me motivaria a ser um grande escritor romântico, se eu estivesse no século XIX.

Mas estou no século XXI, e certamente nunca sairei dele, pois nem chegarei a ver seu fim.


Estou infeliz com tudo isso. Odeio a paixão, o amor, e coisas do tipo, pelo menos quando o amor e a paixão se destinam à pessoa carnalmente desejada. O amor que sento pelos amigos, por minha família, por mim mesmo e por algumas coisas do mundo, me são muito agradáveis.


Essa paixão, sem correspondência, não é correspondida simplesmente porque quem eu amo não me ama. O alvo da parte da minha mente responsável por esse sentimento idiota é meio inátingível. Em quem penso às vezes durante o dia e com quem já sonhei uma única vez, não sabe quase nada sobre mim, e a recíproca é verdadeira.


Nunca me declararei. Não há essa possibilidade. Eu sei.

Ficaremos, eu e esse sentimentozinho medíocre, em silêncio, até que ele se vá.

Não quero viver sem amar. Quero apenas amar alguém palpável.

Eu sou um idiota.

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