sexta-feira, 24 de julho de 2009

Eu e meu antebraço

Acordei com a campanhia tocando, às 08:20 da manhã. Atendi. Era a Rejane, veio fazer faxina. Depois de recebê-la, voltei pra cama.
Me acomodei confortavelmente, fechei os olhos, ensaiei dormir.
Sucesso funesto.
Acomodei-me novamente, esperando ter então uma súbita e preguiçosa vontade de dormir.
Nada.

Estava deitado de lado, quase como os fetos humanos ficam pouco antes do parto. Meu antebraço direito, e a respectiva mão, estavam próximos a minha face e, junto com a cabeça, eram as únicas partes de minha magra anatomia que o cobertor não envolvia.
Abri os olhos. Notei meu antebraço lá, defronte a mim, pacífico, me olhando com certa ternura. A mão, meio fechada, involuntariamente, também me observava.
Mas foi a ele que dei mais atenção, sem premeditar. Encarei-o por mais tempo.
Olhando para meu antebraço um turbilhão de pensamentos emergirão.

O mais recente: a noite de ontem, ao lado dos amigos Taciara e Gabriel, foi agradabilíssima. Suas presenças em minha vida me proporcionam um bem-estar interminável. Assim como alguns outros queridos amigos também o fazem.
Pensei nos dois, no que conversamos ontem, no amor que os tenho, em como somos tão parecidos em algumas coisas e tão diferentes em outras, e em como tudo isso deixa tudo mais especial, único.

Pensei em como gosto de Suindara. De sua mãe e irmã, sempre tão educadas, inteligentes, engraçadas e acolhedoras. Pensei nos gatos de seu apartamento, no tempo em que a conheço e em algumas coisas que ela me ensinou e vice-versa. Lembrei-me do CD que tenho que devolver, antes que ela me mate!

Pensei na Nathalya e em como nos damos tão bem. Uma outra surpresa da vida, que além de tê-la já como amiga, é também ótima parceira de trabalho, com quem tenho sempre tanto prazer em labutar, conversar, ouvir, teorizar, discutir e beber cerveja.

Um certo arrependimento por ter fumado ontem, visto que parei de fumar a 2 meses e 13 dias, e sei que fumar de vez em quando atiça em mim a vontade de retomar o vício, que tão penosamente deixei. Pensei em como sou fraco.

Pensei em como quero acreditar no que o rapaz ruivo quer dizer por meio da letra de "Bom Par", dos cariocas da Moptop.

Pensei em algumas ideias de textos e reportagens que sempre retomo em mente e sempre esqueço de anotar.

Levantei, liguei o computador, li meus e-mails, deu uma fuçada no orkut e postei.

O dia será agradável. Céu limpo e sol brilhando. As crianças, em sua maioria meninos, de férias da escola, estão soltanto pipa lá fora já desde o começo da manhã.

Um comentário:

Estrela do Norte disse...

Olá marcelo, gostei do que li, achei interessante os teus ensaios. Estou me iniciando no blogger, quem sabe fico seguidora dos "Ensaios Registados". Gostei muito, mando um abraço.